Esta imagem me arremete ao primeiro pensamento quando nós estamos em processo de pré cirurgia,sempre entrego nas mão dele minhas ansiedades,faça vc tb.
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA Entorse do Tornozelo: Um Relato de Caso
A lesão mais encontrada no tornozelo é a entorse, que comumente ocorre em inversão, devido a uma série de motivos. A literatura atual reforça a importância do fortalecimento e propriocepção por serem benéficos para a prevenção da tendinite do tendão do calcâneo e de recidivas de lesão respectivamente. Autores: Marcos Luiz da Silva, Rodrigo Felix Schmidt,Aderbal Silva Aguiar Júnior, Alexandre Figueiredo Zabot
Resumo
O complexo do tornozelo é formado por três articulações e o pé é composto por 30. Em conjunto estas duas estruturas desempenham uma série de funções, sendo que a lesão deste segmento corporal resulta em alterações que se transmitem por todo o corpo. A lesão mais encontrada no tornozelo é a entorse, que comumente ocorre em inversão, devido a uma série de motivos. Os objetivos traçados para o tratamento desta patologia incluem a diminuição da dor, a cicatrização dos tecidos lesados, o ganho de amplitude de movimento, força muscular e principalmente propriocepção, diminuindo o risco da articulação se tornar instável, justificando a intervenção. O estudo foi realizado nas dependências da clínica escola de fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina, a paciente atendida foi M. F.A, 51anos, de ocupação profissional auxiliar de serviços gerais. O uso de eletroterapia constou de estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e laser. Foram instituídos exercícios de fortalecimento criteriosos, a fim de permitir cicatrização adequada dos ligamentos lesados, prevenindo a instabilidade crônica do tornozelo. Como medida fundamental realizou-se o treino proprioceptivo enquanto o alongamento muscular como medida preventiva e relaxante. Apesar da atuação fisioterapêutica não ter sido totalizada, percebeu-se diminuição do quadro álgico. A literatura atual reforça a importância do fortalecimento e propriocepção por serem benéficos para a prevenção da tendinite do tendão do calcâneo e de recidivas de lesão respectivamente.
Palavras-chave: entorse, tornozelo, cicatrização, fisioterapia, instabilidade articular
Introdução
O pé é formado por 26 ossos e 30 articulações sinoviais. O pé e o tornozelo sempre atuam em conjunto nas diversas funções que desempenham, a existência de alguma lesão em uma ou ambas articulações já pode causar uma alteração na biomecânica deste complexo, causando alterações em todo o corpo. Segundo Hertel (2002), o complexo do tornozelo inclui três articulações: a talocrural ou tibiotalar, articulação subtalar e a sindesmose tibiofibular distal.
A lesão mais comum e rotineiramente encontrada pelos fisioterapeutas é a entorse em inversão, devido ao fato de que os ligamentos colaterais são mais fracos na face externa. O primeiro ligamento a ser lesado no caso da entorse é o talofibular anterior, causado pelo deslocamento anterior do talo em relação à forquilha (maléolos medial e lateral), seguido do calcaneofibular, resultante da inversão forçada do tornozelo (MALONE, McPOIL, NITZ, 2000).
Logo após a avaliação, foi traçado um plano de intervenção fisioterapêutica, tendo como objetivos principais o alívio da dor e cicatrização dos ligamentos lesados, bem como a resolução do quadro inflamatório do tendão do calcâneo. Posteriormente os objetivos foram modificados, tendo como alvo à melhoria de propriocepção, flexibilidade e ganho de força muscular. O tratamento foi constituído de 7 sessões, sendo efetuados 2 atendimentos por semana, com duração média de 50 minutos.
Particularmente na primeira sessão o tratamento constituiu-se de eletroterapia, com a aplicação de estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) com parâmetros de dor aguda (alta freqüência e amplitude baixa), e laser, potencializando os efeitos analgésicos e de cicatrização, com intensidade de 5J. No decorrer das sessões o tratamento baseou-se primeiramente de laser, e depois leves exercícios de fortalecimento dos músculos fibulares do tornozelo, com resistência manual.
Na segunda etapa do tratamento a eletroterapia era presente através do laser, com os mesmos objetivos anteriores, posteriormente passando para um fortalecimento efetivo dos músculos fibulares, plantiflexores e dorsiflexores. Também foi instituído um treino proprioceptivo exaustivo, incluindo exercícios com o auxílio da cama elástica, tábua oscilante, disco suíço e "tábua suíça". Ao final da sessão, com objetivo de ganho de flexibilidade e relaxamento secundário era realizado o alongamento da musculatura dos membros inferiores (MMII).
Segundo Willems (2002), as entorses de tornozelo em inversão podem acontecer devido a um posicionamento impróprio do pé logo antes do contato do mesmo com o solo. Kaminski e Hartsell (2002) afirmam ainda que as pessoas que possuem um déficit de co-contração muscular da musculatura eversora e inversora tornam-se mais susceptíveis ao dano por entorse devido à falta de habilidade muscular para dissipar estas forças suavemente de maneira coordenada. Demeritt et al (2002) afirma que quando ocorre a entorse de tornozelo, não somente ocorre o dano estrutural de ligamentos, pois além dos ligamentos e tendões danificados, há também os mecanorreceptores situados na cápsula, ligamentos, músculos e tendões. Demeritt et al (2002) complementam ainda, que estes receptores enviam estímulos para o encéfalo, sendo integrados aos sistemas visual e vestibular, formando um sistema de controle da postura e coordenação. Quando estes estímulos estão afetados por uma lesão, os mesmos podem enviar ajustes errôneos, fazendo com que as contrações musculares corretivas estejam desajustadas, favorecendo com que o tornozelo torne-se instável cronicamente.
Mattacola e Dwyer (2002) afirmam que o tratamento deve consistir primeiramente do controle do processo inflamatório agudo, restabelecimento das ADM´s, ganho de força muscular e melhoria da propriocepção.
Um ponto relevante a ser exposto é o tempo de cicatrização dos tecidos lesados na entorse. O processo de cicatrização, segundo Denegar e Miller (2002) pode perdurar até três semanas, até que o conteúdo de colágeno nos ligamentos seja adequado o suficiente para permitir uma boa resistência à tração e melhor alinhamento das fibras. O programa deve conter, segundo Mattacola e Dwyer (2002), estimulação do colágeno, alinhamento de suas fibras, proteção do local lesado, diminuição da dor, da resposta inflamatória.
Tal fato foi enfatizado durante o tratamento, contudo, devido à falta de um acompanhamento prolongado, os tecidos lesados particularmente os ligamentos, ficarão sem o depósito adequado de colágeno, se tornando menos resistentes e levando desta forma a uma maior propensão a um quadro de instabilidade crônica do tornozelo.
Outro fator contribuinte e de reincidência de entorse de tornozelo é a falha no processo de cicatrização dos tecidos, onde muitas vezes os tecidos lesados são forçados a cicatrizar em posições mais alongadas, contribuindo para sua frouxidão e conseqüente instabilidade (DEMERITT et al, 2002). De acordo com Denegar e Miller (2002), as subluxações decorrentes da entorse devem ser corrigidas o mais rápido possível, para que os ligamentos não se cicatrizem em estiramento, aumentando a instabilidade e agravando a hipomobilidade pelo mau alinhamento da articulação.
A instabilidade crônica do tornozelo pode ocorrer, segundo Hertel (2002), devido à instabilidade mecânica, instabilidade funcional, ou provavelmente uma combinação destes dois fenômenos. A instabilidade mecânica pode ser devido a uma insuficiência específica, como a frouxidão patológica dos ligamentos, restrições da artrocinemática, irritação sinovial ou mudanças degenerativas na articulação do complexo do tornozelo. A instabilidade funcional é causada através de diminuição da propriocepção, controle neuromuscular e postural inadequados e força muscular insuficiente.
A paciente relatou que a sua atividade profissional exigia o uso de calçados padronizados, sendo desconfortáveis para ela e impróprios para um longo período de deambulação ou posição ortostática, referindo a piora da dor ao final do expediente. Para que este fator não fosse mais um obstáculo na reabilitação foi prescrito à paciente que fizesse crioterapia, e para tanto foi repassado um protocolo, de forma a garantir uma aplicação terapêutica correta. A paciente foi orientada a deixar o tornozelo esquerdo elevado e sobre ele pusesse um pano fino, com uma sacola de cubos de gelo de forma a abranger a maior parte da articulação, durante 20 a 25 minutos, com intervalo de 30 minutos entre as aplicações, caso achasse que as mesmas fossem necessárias.
A reabilitação precoce deve conter restabelecimento da ADM, exercícios isométricos e isotônicos para o fortalecimento muscular, na fase intermediária deve-se progredir com exercícios proprioceptivos, e, no caso de se tratar de um esportista, retorno gradual as atividades específicas (BAUMHAUER, O'BRIEN, 2002). Os autores ainda complementam que o fortalecimento de músculos debilitados, além de prevenir a reincidência, ajudam a acelerar o processo reabilitativo, começando com exercícios isométricos, para fortalecer mesmo durante o quadro álgico, progredindo para exercícios isotônicos.
Denegar e Miller (2002) preconizam que os exercícios de fortalecimento sejam feitos mantendo os ligamentos em posição encurtada, para que os ligamentos possam passar pelo processo curativo dessa maneira, dando maior estabilidade. Depois de passado o processo curativo, os ligamentos devem ser desafiados na sua tração máxima, ocorrendo então o ganho proprioceptivo. Como o processo de cicatrização estava sendo estabelecido de maneira satisfatória, observando a diminuição da dor, foram instituídos exercícios de fortalecimento em cadeia cinética fechada, ou seja, com a extremidade distal fixa, permitindo assim que os músculos gastrocnêmio e sóleo atuassem contra o peso corporal e numa excursão limitada, não possibilitando um alongamento excessivo do ligamento talofibular anterior. No fortalecimento do músculo tibial anterior, a dorsiflexão era feita através de resistência manual, sendo a paciente orientada a deixar o pé levemente em plantiflexão (10º) durante a fase excêntrica de contração da musculatura dorsiflexora. O fortalecimento dos músculos fibulares eram feitos também com resistência manual, impedindo que o pé realizasse o movimento de inversão em toda a ADM.
Willems (2002) enfatiza um treino de força e propriocepção no programa de reabilitação para instabilidade de tornozelo. sendo prudente o trabalho exaustivo na entorse aguda, impedindo um processo de reabilitação ineficaz e a reincidência de entorse.
Saiba o que é Cisto de Baker
A causa exata do cisto de Baker ou do Cisto Poplíteo, como também é chamado, ainda é desconhecida. Entretanto, o cisto pode ocorrer quando a produção de fluído está aumentada, como no caso de artrite ou após uma lesão. Isso ocorre devido à reação do próprio organismo para tentar conter tal “lesão“, sendo que na maioria das vezes os cistos de Baker desaparecem naturalmente após alguns anos.
Outra forma de se adquirir tal problema é o trauma. Dependendo do tipo de lesão do joelho e seus componentes (menisco, ligamentos etc.) pode-se desenvolver o cisto de Baker. Nas crianças, o cisto de Baker aparece como um inchaço indolor atrás do joelho, que se percebe melhor quando o mesmo está totalmente estendido. Um cisto grande pode causar certo desconforto ou rigidez, no entanto, normalmente é assintomático.
Ele causa inchaço indolor (e algumas vezes causa dor) atrás do joelho. O cisto se assemelha a uma bexiga cheia de água e que se for grande atrapalha na flexão e extensão da perna. Ele também pode causar certo desconforto quando se está fazendo alongamentos da panturrilha (gastrocnêmio).
O diagnóstico é feito pelo médico. Ele examinará os joelhos e procurará por uma saliência na parte de trás deles. Normalmente a ressonância magnética não é necessária, mas pode ajudar a determinar o tamanho e características do cisto, além de ser útil para verificação de lesões intra-articulares (que podem ser a verdadeira causa do Cisto).
Como ele é tratado - O desconforto inicial, causado pelo cisto de Baker, pode ser tratado com uma faixa elástica. O médico poderá prescrever medicamento antiinflamatório e o cisto poderá ser drenado. Em casos raros, poderá ser feita uma cirurgia para remoção do cisto. Algumas vezes o cisto desaparece sozinho. Se o cisto não causar incômodo, não há necessidade de tratamento.
Infelizmente não há como prevenir o Cisto de Baker, muitas vezes você pode até tê-lo e não sentir seus sintomas.
Cisto de Baker (Cisto Sinovial Poplíteo)
O que é o cisto de Baker ou sinovial poplíteo?
A bolsa sinovial é um saco repleto de fluído, que age como um amortecedor entre os tendões, os ossos e a pele. O cisto de Baker é um edema anormal da bolsa sinovial, que está localizada no espaço atrás do joelho, na fossa poplítea
Cirurgia Videolaparoscópica da Hérnia Inguinal
Aproximadamente 600.000 hérnias inguinais são operadas ao ano nos EUA sendo que nos Brasil os números são imprecisos. A grande maioria é realizada da maneira convencional. Algumas são realizadas via laparoscópica. Se seu cirurgião recomendou para você uma correção laparoscópica de sua hérnia inguinal, as informações que seguem podem ser de seu interesse.
Correção laparoscópica da hérnia inguinal é uma técnica recente que através de pequenos orifícios no abdomen corrige as aberturas (hérnias) através dos musculos que se formam dando saída , por debaixo da pele, do conteúdo abdominal. Este novo método pode oferecer além de um retorno mais rápido as atividades habituais como também em alguns casos menor dor no pós-operatório.
O QUE É UMA HÉRNIA?
As vísceras abdominais são contidas dentro da cavidade abdominal devido a presença do músculos e aponeuroses que dão a tonicidade da parede abdominal impedindo que o contato com as vísceras seja direta sobre a pele. Uma hérnia ocorre quando há um ponto de fraqueza desta parede abdominal que se forma entre a camada de músculos e aponeurose permitindo que o conteúdo da cavidade abdominal se mostre sob a pele como uma bexiga que se enche aos esforços e esvazia ao repouso. Pode causar dor importante e é potencialmente fonte de problemas que podem levar a uma cirurgia de emergência. Existem vários tipos de hérnia . Há hérnias que podem ocorrer após uma cirurgia no local da incisão. (hérnia incisional)
Tanto homens como mulheres podem ter hérnia. Porém é mais comun nos homens.
Você pode nascer com uma hérnia ou adquirí-la durante a vida.
Uma hérnia não melhora ou desaparece sozinha.
COMO SEI QUE TENHO UMA HÉRNIA?
Os lugares mais comuns de aparecerem hérnias são na virilha (região inguinal) , umbigo (umbilical ou peri-umbilical) e em locais previamente operados ( incisional).
Geralmente é fácil de detectar uma hérnia. Você notará um aumento de volume da pele bem localizado e amolecido. Poderá sentir quando ergue objetos pesados, tosse , esforço ao urinar ou evacuar, ou ainda quando ficar muito tempo em pé.
A dor pode ser aguda e tipo queimação ou ser contínua , piorando ao final do dia.
Dor forte contínua no local da hérnia com aumento do volume da hérnia aumentado sem reduzir e vermelhidão local podem ser um sinal de que a hérnia está encarcerada ou estrangulada. Se você apresentar estes sintomas entre em contato imediato com o seu médico.
PORQUE AS PESSOAS TEM HÉRNIA?
A parede abdominal tem áreas naturalmente mais frágeis. Estas regiões podem dar origem as hérnias devido a grandes esforços, idade ou em regiões previamente operadas. Qualquer pessoa pode Ter uma hérnia. Hérnias em crianças são na maioria congênitas. Em adultos as causas mais comuns são além da idade ou grandes esforços, em pacientes com problemas pulmonares crônicos onde existe a tosse persistente. Em pacientes do sexo masculino com problemas de próstata onde há uma necessidade constante da prensa abdominal. Pessoas com problemas de intestino preso também podem apresentar hérnia com maior freqüência.
QUAIS SÃO AS OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA AS HÉRNIAS?
Há poucas opções para o tratamento da hérnia.
As fundas são raramente recomendadas e geralmente ineficientes.
Quase a totalidade das hérnias requerem tratamento cirúrgico.
Atualmente as cirurgias são realizadas de duas maneiras:
- A primeira, ou tradicional , é feita de fora para dentro, ou seja, é realizado um corte na parede abdominal e corrigido o defeito da parede abdominal com pontos , fechando o "buraco" por onde as vísceras anteriormente saíam. Esta técnica pode ser realizada com anestesia local ou peri-dural (na espinha dorsal) A segunda , é por via videolaparoscópica. Neste método o orifício da hérnia é corrigido de dentro para fora , sem cortar a pele sobre a hérnia. Através de pequenos orifícios (3 ou 4) de aproximadamente 0,3 ou 0,5 cm são introduzidas cânulas para entrar na cavidade abdominal e fazer a cirurgia através de um monitor de vídeo. A hérnia é identificada e ressecada. Então é posicionada uma tela sobre o defeito da parede abdominal e é fechada a porção exposta. Esta cirurgia é realizada com anestesia gerO método laparoscópico pode proporcionar ao paciente uma recuperação melhor com menor dor pós-operatória.
QUALQUER UM PODE FAZER CORREÇÃO DA HÉRNIA INGUINAL POR VIA LAPAROSCÓPICA?
Somente após uma avaliação crítica do cirurgião responsável que será determinado se sua hérnia poderá se corrigida por via laparoscópica. Este método pode não ser o melhor para alguns pacientes que tem cirurgias abdominais prévias ou doenças crônicas associadas.
QUAIS SÃO AS COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA LAPAROSCÓPICA PARA HÉRNIA INGUINAL?
Apesar da cirurgia ser considerada segura, complicações podem ocorrer como em qualquer outra cirurgia.
- As principais complicações que ocorrem em qualquer cirurgia são a infecção e a hemorragia. (complicações raras em procedimentos laparoscópicos)
- Há um pequeno risco de lesão da bexiga urinária , alças intestinais , vasos sangüíneos , nervos ou do cordão espermático.
- Dificuldade pós-operatória em urinar não é incomun e é transitório sendo em alguns casos necessária a passagem de uma sonda de alívio.
- Em qualquer época a sua hérnia pode voltar. Atualmente os estudos mostram uma possibilidade de aproximadamente 4% de voltar. Isto é : em cada 100 operados 4 podem voltar a Ter hérnia. O problema é que os riscos de Ter uma hérnia são muito maiores que os riscos de tratá-la. Por isso a indicação cirúrgica é necessária.
O QUE ACONTECE SE A CIRURGIA NÃO PUDER SER REALIZADA POR VIA LAPAROSCÓPICA?
Em um pequeno número de pacientes, o método não pode ser realizado devido a dificuldades anatômicas locais impossibilitando ao cirurgião de visualizar ou manipular de maneira apropriada os órgãos internos. Quando o cirurgião resolve converter uma cirurgia em prol da segurança do paciente, não se considera o fato como uma complicação mas sim como julgamento cirúrgico (bom senso).
Fatores que podem levar a conversão da cirurgia fechada para aberta incluem obesidade excessiva, história de cirurgia abdominal prévia, sangramento de difícil contensão e outras.
QUAL O PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO NECESSÁRIO?
- Alguns serviços de cirurigia realizam a cirurgia a nível ambulatorial . Nós da Clinica Marchesini, acreditamos que uma estada de 12 horas no hospital traz uma sensação de segurança maior para o paciente.
- O jejum , pelo menos 12 horas antes da cirurgia é obrigatório.
- Um banho na noite da véspera ou na manhã da cirurgia.
- Alguns exames pré-operatórios são necessários.
- Se você faz uso de medicação para doenças crônicas ou anti-coagulantes , você deverá avisar seu médico pelo menos uma semana antes da cirurgia.
O QUE ACONTECE APÓS A CIRURGIA?
- Quando acordar da anestesia ficará num local apropriado chamado de Centro Recuperação Anestésica onde estará sendo monitorizado até ser liberado para o quarto.
- Na manhã seguinte da cirurgia receberá alta.
- Em 24 a 48 horas o local da cirurgia poderá ficar uma pouco inchado.
- Deverá ficar fora da cama no período operatório , evitando esforços físicos pelo período de duas semanas. Após este tempo deverá voltar progressivamente as suas atividades habituais.
- Se o inchaço persistir por mais de 2 dias ou necessitar tomar medicação para dor além de 3 dias , deverá avisar o seu cirurgião.
A ARTROSCOPIA
A artroscopia é um procedimento cirúrgico que cirurgiões ortopedistas utilizam para visualizar, diagnosticar e tratar problemas dentro de uma junta.
A palavra artroscopia vem de duas palavras gregas, "arthro" (junta) e "skopein" (observar). O termo literalmente significa "observar dentro da junta". Em um exame artroscópico, um cirurgião ortopedista efetua uma pequena incisão (corte) na pele do paciente e então introduz instrumentos do tamanho de uma caneta, os quais contêm um sistema de lentes e de iluminação para aumentar e iluminar as estruturas de dentro da junta. A luz é transmitida através de fibras ópticas para o artroscópio, que é inserido dentro da junta. Acoplando esse artroscópio a uma câmera de televisão em miniatura, o cirurgião é capaz de observar o interior da junta através dessa pequena incisão, ao invés de efetuar uma grande incisão que seria necessária para a realização de uma cirurgia.
A câmera de televisão exibe a imagem da junta em uma tela de televisão permitindo ao cirurgião observar, por exemplo, em joelhos, as cartilagens e ligamentos. O cirurgião pode determinar a severidade e o tipo de lesão e então, se necessário, reparar ou corrigir o problema.
Por que a artroscopia é necessária ?
O diagnóstico de lesões de juntas e doenças começa com um histórico médico, exame físico e, geralmente, Raios-X. Testes adicionais como tomografia computadorizada e ressonância magnética também podem ser necessários. Através da artroscopia chega-se a um diagnóstico final, o qual pode ser mais preciso do que cirurgias ou estudos de Raio-X.
Doenças e lesões podem danificar ossos, cartilagens, ligamentos, músculos e tendões. Algumas das condições mais freqüentes encontradas durante exames de artroscopia das juntas são:
· Inflamação
· Sinovite - tecido inflamado (sinovium), em joelhos, ombros, cotovelos, pulsos ou tornozelos.
· Ossos ou cartilagens soltas de joelhos, ombros, cotovelos ou pulsos.
· Lesões (agudas ou crônicas).
· Ombro - rompimento dos tendões da rótula, síndrome de bloqueio (impingement ) e deslocamentos recorrentes;
· Joelho - rompimento da cartilagem do menisco, condromalácia (desgaste ou lesão da cartilagem amortecedora), e rompimento do ligamento anterior levando a instabilidade.
· Pulso - síndrome do túnel do carpo.
OBS: Embora o interior de quase todas as juntas podem ser vistos com um artroscópio, seis juntas são mais freqüentemente examinadas com esse instrumento. Essas juntas incluem joelho, ombro, cotovelo, tornozelo, quadril e pulso. À medida que avanços são alcançados por engenheiros na tecnologia eletrônica e novas técnicas são desenvolvidas por cirurgiões ortopedistas, outras juntas poderão ser tratadas mais freqüentemente no futuro.
Como é efetuada a artroscopia?
Inicialmente a artroscopia era simplesmente uma ferramenta de diagnóstico para planejar uma cirurgia comum. Com o desenvolvimento de instrumentação e técnicas cirúrgicas mais avançadas, muitos problemas podem ser tratados artroscopicamente. Por exemplo, a maioria dos problemas de meniscos no joelho podem ser tratados com sucesso pela cirurgia artroscópica.
Alguns problemas associados com artrite também podem ser tratados. Além disso, muitas distúrbios são tratadas com a combinação de artroscopia e cirurgia comum:
· Procedimentos de clavícula.
· Reparo de cartilagens danificadas (meniscos) dos joelhos ou ombros.
· Reconstituição do ligamento anterior cruzado do joelho.
· Remoção de tecidos inflamados (sinóvia) no joelho, ombro, cotovelo, pulso e tornozelo.
· Soltura do túnel do carpo.
· Reparo de ligamentos rompidos.
· Remoção de ossos ou cartilagens soltas no joelho, ombro, cotovelo, tornozelo e pulso.
· A cirurgia artroscópica, embora mais fácil em termos de recuperação do que a cirurgia normal, necessita utilização de anestésicos e equipamentos especiais que existem em uma sala de cirurgia de hospital.
Você receberá um anestésico local, geral ou peridural, dependendo da junta ou do suposto problema.
Será feita uma pequena incisão ( do tamanho de uma casa de botão ) para inserir o artroscópio. Outras incisões podem ser efetuadas para observar outras partes da junta ou para inserir outro instrumento. Quando indicada, a cirurgia de correção é efetuada com instrumentos especialmente desenhados que são inseridos dentro da junta através de incisões acessórias.
· Após a cirurgia artroscópica, a pequena incisão será coberta com um curativo. Você será removido da sala de operação para uma sala de recuperação. A maioria dos pacientes necessita de pouca ou nenhuma medicação.
· Antes de receber alta, você receberá instruções para cuidar das incisões efetuadas, quais as atividades que você deve evitar e quais os exercícios que você deve praticar para auxiliar na recuperação. Durante a visita de observação, o cirurgião irá inspecionar as incisões; remover as suturas ( pontos ) e discutir o seu programa de reabilitação.
· O tempo de duração da cirurgia e o tempo de recuperação necessário irão depender da complexidade de seu problema. Ocasionalmente, durante a artroscopia, o cirurgião pode vir a descobrir que a lesão ou doença não pode ser tratada adequadamente somente com a artroscopia. Uma operação mais extensiva pode vir a ser efetuada enquanto você ainda estiver anestesiado, ou mais tarde, após discutir o assunto com seu cirurgião
Quais são as possíveis complicações?
Embora não comuns, as complicações podem ocorrer durante ou após a artroscopia. As complicações mais comuns são: infecção, flebite (coágulos sangüíneos), sangramento ou inchaço excessivo, danos a veias ou nervos e quebra de instrumentos. Essas complicações ocorrem em menos de 1% de todos os procedimentos de artroscopia.
Quais são as vantagens?
Embora a cirurgia de artroscopia ter atraído grande atenção pública por ser utilizada para tratar de atletas conhecidos, ela é uma ferramenta muito valiosa para todos os pacientes ortopédicos e é geralmente menos agressiva ao paciente do que uma cirurgia normal. A maioria dos pacientes submetidos a cirurgias artroscópicas efetuam suas cirurgias em ambulatórios e estão em casa algumas horas após o procedimento.
Recuperação após a Artroscopia:
Os pequenos cortes necessitam de alguns dias para cicatrizarem. A bandagem de operação pode ser removida, geralmente na manhã seguinte e fitas adesivas podem ser utilizadas para cobrir as pequenas incisões.
Embora os cortes sejam pequenos e a dor na junta que sofreu a cirurgia seja mínima, são necessárias várias semanas para que a junta se recupere completamente. Um programa específico de atividade e reabilitação pode ser sugerido para apressar a sua recuperação e proteger as futuras funções das juntas.
É comum pacientes voltarem ao trabalho ou às suas atividades normais em alguns dias. Atletas e pacientes que estão em boas condições físicas podem retornar às suas atividades atléticas em alguns dias. Lembre-se que as pessoas que sofrem uma artroscopia podem apresentar diferentes diagnósticos e diferentes condições preexistentes; de forma que cada artroscopia é única a cada paciente. O tempo de recuperação irá refletir essa individualidade.
Espero ter ajudado!!!